Lívio Abramo

Lívio Abramo (Araraquara / SP, 1903 – Assunção / Paraguai, 1992) filho de italianos, ele cresceu em um ambiente especial e tornou-se artista, do qual as contribuições foram importantes para o cenário cultural brasileiro. Segundo Abramo, seus pais foram sua principal influência artística, pois, os dois sensíveis às Artes, incentivavam o filho à freqüentar eventos artísticos gerais.

Seu sonho era ser arquiteto, mas seu estado financeiro o impediu de concretizar o sonhol. Sua única saída foi se especializar na técnica da gravura, o que, para ele compensou; e foi no autodidatismo que aprimorou seu conhecimento e apaixonou-se por essa arte.

Foi pela influência de gravuras expressionistas alemãs de Kathe Kollwitz entre outros que ele disse:

- É isso que eu quero fazer!

Interessava-se por Comunismo, Trotskismo e Socialismo. Nessa época colaborava fazendo obras para tablóides sindicalistas. Depois foi expulso do Partido Comunista acusado de trotskismo.

Só foi reconhecido artisticamente quando suas xilogravuras alcançaram um nível impressionante de detalhes precisos.

Lívio possuía uma personalidade forte, uma integridade inabalada e inteligência abrangente. Produziu gravuras, desenhos, charges, design de objetos, textos críticos, aulas e curadoria de exposições.

Teve a honra de participar das transformações culturais não somente de seu país, como de conviver em outro país – o Paraguai. Passou metade de sua vida no Brasil e a outra metade no Paraguai.

Na década de 50 foi convidado para integrar a Missão Cultural Brasil Paraguai; participou da Fundação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraguai e fundou o Estúdio de Gravura, que segundo sua irmã Lélia Abramo foi uma de suas mais importantes realizações de sua vida.

Teve contato com diversos artistas renomados como: Oswaldo Goeldi, Marcelo Grassmann, Fayga Ostrower, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Portinari, Bruno Giorgi, entre muitos outros bem importantes artistas.

Felipe nª8

0 comentários: